quarta-feira, 31 de maio de 2017

in: https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/804412/niveis-baixos-de-iodo-em-criancas-mantem-se-um-ano-apos-o-alerta

Níveis baixos de iodo em crianças mantêm-se um ano após o alerta
A investigadora e líder do projeto 'IoGeneration' que há um ano revelou que um terço das crianças portuguesas apresentava níveis insuficientes de iodo, podendo assim comprometer o seu desenvolvimento cognitivo, lamentou hoje que nada tenha sido feito desde então.
© iStock
LIFESTYLE INVESTIGADORA
HÁ 2 HORASPOR LUSALusa

"Um ano depois de o alerta ter sido dado, pouco ou nada se avançou em termos de políticas de saúde", afirmou a investigadora do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (Cintesis).
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Desenvolvido entre o final de 2015 e abril de 2016, o projeto "IoGeneration" permitiu analisar mais de 2.000 crianças portuguesas, de 83 escolas do Norte de Portugal. Os resultados preliminares revelaram-se tão preocupantes que a equipa de investigação deu o alerta logo em março de 2016.
"Ficámos alarmados após analisarmos os dados preliminares, que já indicavam que mais de um terço das crianças teria níveis deficientes de iodo. Sabendo que a falta deste nutriente pode comprometer o coeficiente de inteligência (QI) em 15 pontos, sentimos a obrigação de alertar os decisores políticos e a sociedade o quanto antes", explicou Conceição Calhau, que atualmente é também professora da Nova Medical School, em Lisboa.
Os resultados finais, publicados agora na revista científica internacional "Nutrients", atestam que a equipa de investigação liderada pela especialista em Nutrição, do Cintesis, não se precipitou quando decidiu dar o alerta.
"Os dados finais mostram que 29% dos rapazes e 34% das raparigas entre os 6 e os 12 anos sofrem de carência de iodo", sustentou Conceição Calhau.
Quando compararam as crianças por faixa etária, os investigadores concluíram que os mais pequenos (com 5 ou 6 anos) estão mais protegidos, sendo que "apenas 20% apresentava níveis baixos de iodo. Mas entre as crianças mais velhas (entre os 11 e os 12 anos), 39% têm os níveis de iodo comprometidos".
Os pais das crianças avaliadas pela equipa de investigação foram também envolvidos no estudo, sendo que 68% confessou não saber o que era o sal iodado. Além disso, as 83 escolas que integraram o estudo não estavam a usar sal iodado, apesar da indicação, publicada em 2013, da Direção-Geral de Educação nesse sentido.
O iodo pode ser obtido através de alimentos de origem marinha, mas também está presente nos ovos, fígado e leite. Neste trabalho, ficou provado que as crianças que bebem dois ou mais copos de leite por dia se encontram mais protegidas contra o défice de iodo, por comparação às que consomem apenas um copo ou nenhum.
Ou seja, "existem outras formas de assegurar um aporte saudável de iodo, através da alimentação, mas em termos de saúde pública, a medida mais eficiente seria legislar no sentido de universalizar a iodização do sal", sublinhou a investigadora.
Foi aliás neste sentido que deliberou um conjunto de representantes de entidades como a Direção-geral da Saúde e da Educação, da Ordem dos Nutricionistas, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e até de representantes do setor da restauração e da indústria, reunidos por iniciativa dos investigadores do Cintesis, já a 30 de março de 2016.
Na declaração de consenso que daí resultou e que foi apresentada pela equipa de investigação em dezembro do ano passado durante uma audição com a Comissão Parlamentar para a Saúde, pode ler-se que "é consensual a necessidade de implementação da utilização universal e obrigatória, através de legislação apropriada, de sal iodado em Portugal, devidamente compatibilizada com as medidas e recomendações de redução do consumo de sal".
A necessidade diária de iodo situa-se entre as 90 a 150 microgramas, em função da idade da criança. Este micronutriente serve para manter em equilíbrio os processos metabólicos do crescimento e desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso, desde a 15.ª semana de gestação do bebé.


in: https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/798179/ferias-e-livros-uma-combinacao-a-pensar-nos-mais-novos

Férias e livros. Uma combinação a pensar nos mais novos
Um bom livro consegue captar a atenção de qualquer criança.
LIFESTYLE SUGESTÃO
HÁ 2 HORASPOR DANIELA COSTA TEIXEIRADaniela Costa Teixeira
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Férias e livros. Uma combinação a pensar nos mais novos
Férias e livros. Uma combinação a pensar nos mais novos 
Verão combina com diversão, com praia, com piscina, com calor e… com uma sombra e um bom livro.
Incutir o hábito de leitura nos mais novos durante as férias não só promete deixá-los entretidos, como estimula também toda a criatividade e imaginação que têm. Além disso, dois ou três bons livros durante os meses de verão podem ser o trampolim que faltava aos mais novos para ficarem mais concentrados e atentos.
Numa altura em que os dispositivos móveis e gadgets captam toda e qualquer atenção das crianças, nada como recorrer a algumas estratégias para lhes incutir o hábito de leitura, de forma a que se divirtam enquanto leem e que ganhem o verdadeiro gosto pela leitura.
Quer fazer uma surpresa ao seu filho mas não sabe que livro escolher? Não se preocupe, o Lifestyle ao Minuto fez esse trabalho por si e elegeu aqueles que são os 17 livros que os miúdos mais vão gostar de ler durante as férias.


in; https://www.noticiasaominuto.com/pais/804388/alunos-devem-informar-no-inicio-do-ano-letivo-se-querem-opcao-vegetariana

Alunos devem informar no início do ano letivo se querem opção vegetariana
Os alunos que pretendam refeições vegetarianas devem informar a escola no início do ano letivo, disse à Lusa fonte do Ministério da Educação, na véspera de entrar em vigor a legislação que impõe esta oferta nas cantinas públicas.
PAÍS MINISTÉRIO

HÁ 2 HORASPOR LUSALusa
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De acordo com a mesma fonte, o procedimento contratual de prestação de serviço com as empresas que fornecem os refeitórios escolares, para o próximo ano letivo, já incluirá a disponibilização de refeições vegetarianas a quem as solicitar no início do ano.
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"Teremos de aguardar o arranque do ano letivo para perceber a procura que estas refeições terão entre os alunos", acrescentou a fonte.
A medida tornou-se obrigatória por iniciativa do partido PAN (Pessoas -- Animais - Natureza) e abrange todas as cantinas públicas e refeitórios do Estado.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou em março o diploma do parlamento que obriga à existência de uma opção vegetariana nestes locais.
Para o presidente da Associação Nacional dos Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima, trata-se de uma boa medida: "Tudo o que é saudável, a escola deve apoiar".
Acredita, porém, que a procura deve ser "muito residual", pelo menos no início, uma vez que não é comum haver pedidos para alimentação vegetariana nas escolas.
"No agrupamento que dirijo [Vila Nova de Gaia], com mais de 2.000 alunos, nunca tive nenhum pedido", afirmou.
As escolas, especialmente as que servem refeições confecionadas no local, estão neste momento a preparar-se para servir os alunos que escolherem esta opção.
"Estou a dar formação à minha cozinheira, temos seis meses para nos adaptar", referiu, acrescentando que, nos casos em que as refeições são concessionadas a empresas, a opção vegetariana tem de constar nos cadernos de encargos.
Na base deste diploma estiveram iniciativas legislativas do PAN, do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista "Os Verdes".
Segundo o deputado do PAN, André Silva, muitas crianças e jovens eram discriminados nas escolas pelos colegas por comerem comida diferente que levavam de casa.
O projeto de lei a defender a inclusão de um menu vegetariano nas cantinas e refeitórios das escolas, universidades, prisões e hospitais públicos foi apresentado há um ano pelo PAN, tendo sido seguido por propostas do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido Ecologista os Verdes (PEV).
O diploma foi publicado em Diário da República em abril para entrar em vigor em junho.


in: https://www.noticiasaominuto.com/tech/803702/consumo-excessivo-de-redes-sociais-afeta-o-cerebro-estudo-indica-que-sim

Consumo excessivo de redes sociais afeta o cérebro? Estudo indica que sim
A verificação compulsiva de redes sociais como o Facebook e o Instagram tem efeitos na área do cérebro ligada aos vícios.
TECH COMPORTAMENTO
HÁ 15 HORASPOR MIGUEL PATINHA DIAS   Miguel Patinha Dias
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Com os smartphones somos capazes de estar em constante comunicação com amigos e ligados a tudo o que se passa por via das redes sociais. É uma capacidade incrível mas que faz com que estejamos constantemente a verificar os nossos feeds do Facebook ou do Instagram, uma compulsão que pode ter efeitos reais no nosso cérebro.
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É para esta conclusão que aponta o estudo publicado pelo Behavioural Brain Research e partilhado pelo PsyPost. Com recurso a ressonâncias magnéticas, os investigadores foram capazes de verificar alterações na área do cérebro comprovadamente afetada por vícios, verificando uma diminuição cada vez maior de massa cinzenta.
Ainda que não tenha sido possível criar uma ligação conclusiva entre utilização de redes sociais e a redução de matéria cinzenta, os investigadores adiantaram que continuarão a reunir dados que permitam tirar conclusões com uma base mais sólida.


in: https://www.noticiasaominuto.com/tech/804423/criancas-pequenas-podem-desenvolver-dependencia-de-ecras

Crianças pequenas podem desenvolver dependência de ecrãs
Uma utilização superior a três horas por dia poderá ser suficiente para futuros problemas.
TECH EXCESSO
HÁ 1 HORAPOR MIGUEL PATINHA DIAS

Há muito que se debate o efeito dos ecrãs de smartphones e tablets em crianças pequenas e de uma utilização excessiva. Com base num inquérito levado a cabo pelo Good Morning Britain, um psicólogo aponta que há um sério risco destas crianças virem a desenvolver dependências de ecrãs.
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O inquérito em questão teve como base as respostas mil pais no Reino Unido, sendo que um quarto deste número permite que os seus filhos com menos de dois anos utilize smartphones e tablets durante um período superior a três horas. Parte da razão prende-se com o desejo de manter os filhos entretidos nos momentos mais mortos, um facilitismo que poderá levar a problemas futuros, diz o psicólogo Aric Sigman.
“Um dispositivo tecnológico pode ser outro brinquedo mas tem o potencial de cultivar uma dependência de uma forma que outros brinquedos não têm. Exposição intensiva pode criar nos bebés e nas crianças uma dependência a aparecer mais tarde. Tal como qualquer dependência – seja ela química ou comportamental – algumas crianças podem herdar genes que as tornem mais vulneráveis a tornarem-se dependentes enquanto outros simplesmente não e isto parece aplicar-se a perturbações de dependências de ecrãs”, apontou Sigman de acordo com o Mirror.
Assim, Sigman enaltece a importância de uma maior vigilância por parte dos pais de modo a reduzir a exposição e alterar o consumo a longo-prazo de media que pode levar a essa dependência.


in: http://www.noticiasmagazine.pt/2017/25-dicas-para-se-livrar-do-acucar/


Resultado de imagem para acucar
25 dicas para se livrar do açúcar
Sabia que cada português consome, em média, 16 pacotes de açúcar por dia, o equivalente a três quilos por mês? E que o açúcar não só é responsável por excesso de peso, mas também por doenças cardiovasculares, diabetes e até cancro? Comece já hoje a declarar guerra ao açúcar. A nutricionista Sónia Marcelo diz-lhe como. Percorra a fotogaleria para conhecer os 25 conselhos da especialista.
23/05/2017
Tenha um plano B. Para evitar aqueles momentos em que a fome se torna insuportável e acabamos a devorar um croissant, tenha sempre na mala um ovo cozido, frutos secos ou vegetais crus aos palitos.
Texto NM | 
Açúcar: para muitos um doce prazer, é considerado o veneno do século XXI pela Organização Mundial de Saúde. É viciante, intoxicante, desprovido de qualquer valor nutricional. Ingerido numa base diária, está diretamente associado a problemas metabólicos graves como obesidade, hipertensão, diabetes, colesterol elevado e processos inflamatórios associados a cancros, esclerose múltipla ou doença de Alzheimer. Como não cortá-lo imediatamente da nossa alimentação? Estaremos viciados em açúcar?
«Um dos grandes problemas do açúcar é o facto de a sua ingestão estimular a produção de serotonina e dopamina, dois neurotransmissores associados ao prazer que nos deixam momentaneamente mais felizes e relaxados», explica a nutricionista Sónia Marcelo, autora do livro Guerra ao Açúcar (ed. Saída de Emergência). É essa a razão por que o procuramos em situações de stress, fome emocional, ansiedade, depressão. Porém, a sensação é temporária e os riscos não compensam os instantes de deleite, alerta.
Se o consumo de açúcar for regular e em grandes quantidades, surge a inflamação crónica que conduz a inúmeras patologias.
A partir do momento em que os níveis de dopamina e serotonina diminuem, o organismo pedirá mais açúcar para manter o bem-estar. «Se todos os dias o ingerir em demasia, estará a contribuir para a degradação da sua saúde com um envelhecimento precoce e o desenvolvimento de uma série de patologias que podiam ser evitadas», sublinha a especialista, considerando o limite de 25 gramas/dia muito fácil de atingir – sobretudo porque o açúcar que consumimos não se limita aos pacotinhos.
«Quando o comemos na sua forma simples, ou em alimentos como doces, cereais, pão branco, frutas, sumos e outros, o organismo segrega a hormona insulina para colocar esse açúcar no interior das células, de modo a ser armazenado como fonte de energia», traduz Sónia Marcelo em palavras simples. O problema é que, ao entrar em excesso na circulação, vai estimular a produção exagerada de insulina, que por sua vez faz com que o cérebro envie sinais contínuos de fome, levando a nova ingestão alimentar com mais produção de insulina.
O açúcar é uma substância tóxica, induz dependência e deve ser visto como um verdadeiro problema de saúde pública.
«É este ciclo de produção excessiva de insulina e de glicose (açúcar) que leva a uma maior acumulação de gordura corporal e a processos inflamatórios», diz. Se o consumo for regular e em grandes quantidades, surge a inflamação crónica que conduz a alterações do sistema imunitário, intolerâncias várias, alergias, asma, aumento do mau colesterol, tensão arterial, depressão, acne, doenças inflamatórias do intestino, infertilidade, demência e outras perturbações.
A todos os que julgam impossível eliminar o açúcar das suas vidas, Sónia Marcelo garante que após algum tempo sem ingerirem alimentos doces e processados, o palato e as papilas gustativas acabam por alterar-se, permitindo-lhes familiarizarem-se com os novos sabores – mais saudáveis – entretanto adotados. Além de que, difícil ou não, tudo isto é para seu bem.
«O açúcar é uma substância tóxica, induz dependência e deve ser visto como um verdadeiro problema de saúde pública», reitera a nutricionista, que lhe deixa 25 dicas para se livrar do açúcar. Veja na nossa fotogaleria como quebrar de vez este círculo vicioso para ganhar saúde, bem-estar e menos um número no tamanho das calças.


in: http://www.noticiasmagazine.pt/2017/unboxing-este-fenomeno-e-muito-fora-da-caixa/

Unboxing: pessoas a desembrulhar coisas, que vídeos são estes que hipnotizam os seus filhos?
Tem filhos pequenos que gostam de ver vídeos no YouTube com crianças – e adultos – a rebentar balões, brincar com bonecos, pintar com tintas coloridas ou a desembrulhar ovos de chocolate? E também não entende bem que coisa é esta? Chama-se unboxing, começou com vídeos de pessoas a desempacotar tecnologia e passou depois para um novo patamar. Hoje, estas imagens bizarras têm milhões de visualizações. Os pais só querem entender as razões.
30/05/2017
Texto Ana Pago | Fotos de Shutterstock
Os vídeos que Ema, de 4 anos, gosta de ver no YouTube deixam o pai abismado: adultos a rebentar balões, a moldar plasticinas, a pintar as mãos com tintas dizendo as cores que usam; a mergulharem bebés de plástico em guaches e a sacarem surpresas de dentro de taças cheias de M&M; a brincar com super-heróis abrindo ovos Kinder no final – as variações são imensas. Pedro Palma olha a filha num silêncio perplexo. Vê-a capaz de passar horas naquilo, se por acaso fosse pai para a deixar horas entregue aoiPad. E ele ali sentado com ela na sala, a filtrar conteúdos, hipnotizado também. Sempre se questionou como é que vídeos assim podem render milhões de visualizações. De onde vem esta febre inominável? E, mais importante ainda, porquê?
O ritmo é lento, focado numa tarefa única, com uma simplicidade apelativa para crianças que processam tanta informação nova todos os dias», diz a psicóloga Filipa Jardim Silva.
«Já conhecia o fenómeno do unboxing [à letra tirar da caixa], em que se vê gente a abrir embalagens e ovos de chocolate, revelando o que contêm. Mas estes vídeos vão além disso», explica Pedro Palma, para quem os media contribuem cada vez mais para a construção do saber, a par da família e da escola. «A Ema tinha 2 anos quando andou numa piscina de bolas, então mostrei-lhe um vídeo de meninos numa piscina igual para incentivá-la a falar.» O sistema automático do YouTube sugeriu outros vídeos, entre eles o de umas mãos a tirarem bonequinhos de tigelas de M&M com uma colher. «Depois desses descobriu mais, de crianças a brincar com bonecos e a desembrulhar surpresas, e de adultos a fazerem o mesmo para um público claramente infantil. Foi o fim da picada», diz o pai com humor.
E a verdade é que estas imagens têm, de facto, uma espécie de efeito hipnótico, afirma a psicóloga clínica Filipa Jardim Silva. «O ritmo é lento, focado numa tarefa única, com uma simplicidade apelativa para crianças que processam tanta informação nova todos os dias.» A duração é adequada: curta e ajustada à capacidade atencional dos pequenos, mantendo-os interessados do princípio ao fim. Também a narrativa das tarefas e a música ambiente ativam uma resposta sensorial meridiana autónoma. «Trata-se de um fenómeno biológico que induz o relaxamento ao produzir uma agradável sensação de formigueiro na cabeça, couro cabeludo ou regiões periféricas do corpo, em resposta a estímulos visuais, auditivos e cognitivos.»
Do ponto de vista emocional, o unboxing é contagiante. Quem vê não é um mero espetador.
Segundo o guru do marketing dinamarquês Martin Lindstrom, autor do livro A Lógica do Consumo (ed. Harper Collins), outra razão que justifica o êxito do unboxing e suas derivações são os neurónios-espelho, ativados quando uma ação realizada por outros está a ser, ao mesmo tempo, observada por nós. «É como se ver e fazer fossem a mesma coisa, com níveis de prazer idênticos», diz. As crianças assistem às gravações de outros a brincar com super-heróis, a abrir ovos-surpresa ou a rebentar balões de água – de novo tudo a acontecer naquele instante diante dos seus olhos – e a impressão que têm é a de serem elas a vivê-las, concorda a psicóloga social Ana Cristina Martins, professora do ISPA – Instituto Universitário: «Do ponto de vista emocional, o unboxing é contagiante. Quem vê não é um mero espetador.»
Foi em 2004 que a publicação de eletrónica de consumo Engadget usou o termo pela primeira vez, num artigo sobre a Nintendo DS. Dois anos mais tarde, alguém nos EUA se lembrou de fazer um vídeo a desembalar um telemóvel Nokia E61 e partilhou com o mundo as suas impressões do momento. Num instante, o unboxing galopou para outras áreas de consumo como a cosmética, compras do supermercado, ovos de chocolate ou plasticina com surpresas dentro e pacotes infantis de jogos, personagens e brinquedos da moda. As derivações entretanto surgidas a partir dounboxing tornam difícil contabilizar o fenómeno (que terá crescido uns 57 por cento em 2014, de acordo com o YouTube). Desconhece-se ainda até que ponto as marcas influenciam a divulgação de produtos nestes canais, já que a maior parte parece surgir da iniciativa dos utilizadores.
«O contágio de emoções e o efeito-surpresa fazem do unboxing um fenómeno fascinante, até viciante», sublinha a psicóloga social Ana Cristina Martins.
Para Daniel Cardoso, doutor em Ciências da Comunicação na vertente de Cultura Contemporânea e Novas Tecnologias, não há aqui tanto um apelo ao consumo de brinquedos mas dos próprios vídeos, tentando posicionar o canal como uma marca. «Do que vejo, estes canais dirigem-se às crianças em termos de conteúdo e apresentação, tentando alcançar visualizações no YouTube e até parcerias futuras de publicidade», aponta. Certo é que os ganhos se traduzem em 1,5 a 3 euros por cada mil visitas, em vídeos que chegam a ter mais de 100 milhões de visualizações. «A consumir construímos significados sociais, processos simbólicos. Este tipo de partilhas vai muito além de um mero apelo ao consumo ao mostrar o que escolhemos, como escolhemos e o prazer que tiramos dessa forma de dar sentido às nossas vidas», justifica o especialista.
Também a psicóloga social Ana Cristina Martins reconhece ser redutor limitar o fenómeno à questão consumista – ainda que se trate de uma poderosa estratégia deneuromarketing, apelando aos tais neurónios-espelho e aos centros de recompensa do cérebro. «O desembrulhar dos produtos é faseado, acompanhado de interjeições e de informações positivas que geram uma atitude favorável em quem vê», explica. Há quase um sentido tátil associado. Um prazer que estimula e nos mantém agarrados justamente por isso. «O contágio de emoções e o efeito-surpresa fazem do unboxingum fenómeno fascinante, até viciante», sublinha.
Sem esquecer o papel educativo, acrescenta Pedro Palma: «Estão sempre a alertar para a tecnologia nas mãos dos miúdos, mas não acho justo proibir a Ema de algo que adora quando também joga à bola na rua, pula no parque, faz puzzles e o que é suposto na idade dela.» O YouTube é um complemento, frisa o pai, averso a extremismos quando foi a ver aqueles vídeos que a filha aprendeu o alfabeto, os números até 30 e as cores, tudo em português e em inglês. «Ela vê os outros brincar e adapta gestos aos seus jogos, quase como se estivesse em interação.» A psicóloga Filipa Jardim Silva apoia o bom senso: não vale a pena diabolizar nada. «Mais importante é saber a que materiais são expostos, por quanto tempo, supervisionados por um adulto.» E assumir que há sempre benefícios e riscos em todos os contextos da vida, seja ela digital ou real.
DEIXE OS SEUS FILHOS VER OS VÍDEOS, MAS TENHA ISTO EM MENTE
1. MODERAR
2. EXPERIMENTAR
3. MIMIFICAR
4. INVENTAR


Brincar é uma descoberta individual (ou grupal, conforme o brinquedo) determinante para desenvolver a criatividade. A brincar a criança (re)inventa-se, aprende a lidar com o mundo, e esse trajeto só é devidamente percorrido se a criança o fizer por si mesma, relacionando-se com os objetos sem ser por interposta pessoa como acontece nounboxing.


segunda-feira, 29 de maio de 2017

in: http://www.jn.pt/nacional/interior/manuais-escolares-oferecidos-pelo-estado-representam-6-do-necessario-8509315.html

Ensino
Manuais escolares oferecidos pelo Estado representam 6% do necessário
Alguns pais disseram que preferiram comprar os manuais, uma vez que os teriam de devolver no final do ano

Foto: Global Imagens

26 Maio 2017 às 12:47
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Os manuais escolares oferecidos pelo Estado ou pelas autarquias representam apenas 6% do total dos livros necessários, segundo o barómetro da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas, que apela ao alargamento desta medida aos restantes anos de escolaridade.

"Como consequência da política implementada no corrente ano letivo de manuais gratuitos para o 1º ano do 1º ciclo, as famílias pouparam cerca de 30 euros, em média, face a 2015, gastando este ano cerca de 37 euros", refere o Barómetro Manuais Escolares promovido pela associação.
Para o primeiro ano do primeiro ciclo, as famílias tiveram que comprar em média menos um manual em comparação com o ano letivo passado, adianta o estudo, observando que "a oferta se limita aos manuais, não abrangendo livros de exercícios".
Alguns pais disseram que preferiram comprar os manuais, uma vez que os teriam de devolver no final do ano.
O inquérito aponta também que, no primeiro ciclo, não é possível reutilizar manuais escolares porque os alunos escrevem nos próprios livros "com muita força e os professores corrigem a caneta".
Considerando todo o ciclo de estudos, O Barómetro Manuais Escolares concluiu que o valor médio gasto por filho, no ano letivo 2016/17, foi de 123 euros, valor inferior ao do ano anterior, de 131 euros.
"É no terceiro ciclo (7º, 8º e 9º anos de escolaridade) que as famílias enfrentam maiores encargos, com um montante gasto de cerca de 160 euros por filho", refere o inquérito que decorreu no passado mês de novembro e envolveu 1.013 alunos.
O maior encargo médio registou-se no 11º ano de escolaridade, com 182 euros, enquanto no ano de 2015/16 os maiores encargos se tinham sentido no 9º e 10º anos, com 203 e 221 euros, respetivamente.
"Quanto à reutilização de manuais escolares, o número médio de manuais reutilizados é de apenas um, tal como no ano passado. Somente no 3º ciclo esse número sobe para três", sublinha o estudo.
Em média, os alunos necessitam de sete a oito manuais em cada ano letivo, sendo utilizados, em média, cinco a seis manuais no primeiro ciclo, nove a dez no segundo, 10 a 11 no terceiro e seis a sete manuais no secundário;
A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN) apela ao alargamento do apoio aos restantes anos de escolaridade e à inclusão dos livros de exercícios.
Para a APFN, "é urgente" a adoção de boas práticas de reutilização, como a proibição de escrita nos manuais ou livros de exercícios, permitindo aos bancos de manuais escolares cumprirem a sua função.


in: http://tag.jn.pt/olear-os-rolamentos-os-testes/

Como olear os rolamentos para os testes
As férias estão à distância de três semanas, mas antes do descanso há uma montanha para escalar: os últimos testes do terceiro período. O ideal, já deves ter ouvido até ao infinito, é estudar todos os dias. Mas como ninguém é perfeito, o JN TAG ajuda–te com estratégias para aproveitar o tempo que falta para estudar melhor, sem arrancares os cabelos.
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Arranja o teu espaço e livra-te de tudo o que possa distrair-te: tira o som ao telemóvel, desliga a televisão, esconde o “tablet” e prepara-te para o “combate”.

Cuida do teu corpo
Um cérebro forte depende de um corpo são e ativo, por isso uma boa alimentação, que inclua fruta e vegetais, e o exercício físico são fundamentais para olear os rolamentos da nossa cabeça e fazê-los funcionar mais rápido que um “spinner”. Um bom sono é também fundamental, porque enquanto sonhas com as férias ou tens pesadelos com alguma disciplina, o cérebro aproveita para se organizar.
Nos dias em que o stress aumenta, uma banhoca quentinha ajuda, porque liberta dopamina, uma substância química que reduz a ansiedade e o stress, deixando o cérebro relaxado e mais capaz de absorver conhecimento.

A melhor forma de enfrentar um teste é a mesma para outros problemas na vida: confia em ti, pensa antes de agir e sê persistente


Cria um ritual para estudar
Criar um ritual mostra ao teu cérebro que são horas de trabalhar. Parece coisa de malucos, mas fazer sempre a mesma coisa antes de te atirares aos livros vai domesticar o cérebro e prepará-lo para absorver a matéria.

Começa pela matéria mais difícil, enquanto o cérebro está fresco e não se torna numa alface


Escreve, não sublinhes
Ler e sublinhar, muitas vezes de forma mecânica, ajuda pouco ao estudo. Fazer resumos funciona melhor, especialmente se traduzires a matéria por palavras tuas. A escrever pões mais partes do cérebro a trabalhar. Com mais rolamentos a “spinar” aprendes mais depressa. Falar em voz alta enquanto escreves é uma ajuda extra.

O teu irmão (ou irmã) mais novo às vezes é um chato, mas adora-te e de certeza que vai ficar contente por te ajudar. Podes convidá-lo a ser teu aluno. Ao preparares a aula, vais aprender a matéria como um “prof”. Se não tens irmãos mais novos, uma avó ou um peluche também ajudam.


NO DIA DO TESTE!  
– Antes de começar o teste, respira fundo. Ajuda a acalmar.
– Mantêm-se concentrado, sem ligar ao que os outros estão a fazer.
– Lê o enunciado com atenção.
– Usa algum tempo para planear o que vais escrever.
– Responde apenas ao que te perguntam, não despejes tudo o que sabes.
– Reserva tempo para rever e corrigir.
E pronto, aí está mais uma boa nota.
Augusto Correia

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quarta-feira, 24 de maio de 2017

in: http://www.jn.pt/nacional/interior/aulas-comecam-entre-8-e-13-de-setembro-8500330.html

Aulas começam entre 8 e 13 de setembro
Os alunos do 1.º Ciclo e do Pré-Escolar irão de férias em simultâneo no próximo ano letivo
Foto: Gustavo Bom/Global Imagens


Carla Sofia Luz
Ontem às 15:28

·       As aulas vão começar entre os dias 8 e 13 de setembro no próximo ano letivo e terminarão a 22 de junho de 2018. Pela primeira vez, o Pré-Escolar terá o mesmo calendário do 1º Ciclo do Ensino Básico.
Os alunos do Ensino Pré-Escolar acabarão as aulas uma semana mais cedo e terão mais dias de férias no Natal e na Páscoa do que é habitual no próximo ano letivo. A proposta de calendário escolar para o ano letivo de 2017/2018, enviada pelo Ministério da Educação à Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), vai ao encontro das reivindicações dos sindicatos, que defendem a uniformização do calendário escolar nos ensinos Pré-Escolar e Básico.
No projeto de despacho de aprovação do calendário letivo, a que o JN teve acesso, o Ministério da Educação determina que deverão ser adotadas "medidas organizativas", em "estreita articulação com as famílias e as autarquias, de modo a garantir o atendimento das crianças" através de atividades de animação e de apoio à família nos "períodos de interrupção das atividades educativas e após o final do ano letivo".
Isto, porque o Governo propõe um único calendário para os três graus de ensino: Pré-Escolar, Básico e Secundário, embora com data distintas de termo. Em setembro, as escolas públicas abrirão entre os dias 8 e 13. Os alunos do 9º, 11º e 12º anos de escolaridades terão último dia de aulas a 6 de junho de 2018. Os estudantes do 5º, 6º, 7º, 8º e 10º anos terminarão o ano letivo a 15 de junho. Os meninos do Pré-Escolar (dos três aos cinco anos) e do 1º Ciclo do Ensino Básico concluirão os estudos a 22 de junho.
As férias de Natal terão início no dia 18 de dezembro de 2017 e termo a 2 de janeiro de 2018, o que significa que o 2º Período arrancará no dia 3 de janeiro. A pausa do Carnaval será entre 12 e 14 de fevereiro e as férias da Páscoa decorrerão entre 26 de março e 6 de abril do próximo ano. O 3º Período começará no dia 9 de abril.
Provas de aferição a Português e a Matemática
No ano letivo de 2017-2018, as crianças que frequentam o 2º ano de escolaridade voltarão a fazer provas de aferição de Expressões Artísticas e de Expressões Físico-Motoras entre os dias 2 e 10 de maio. Na manhã de 15 de junho, farão provas de Português e de Estudo do Meio e, no dia 18 de junho, serão avaliados na Matemática e no Estudo do Meio.
Os alunos do 5º anos realizarão provas de aferição a Português (dia 8 de junho), a Educação Musical, a Educação Visual e a Educação Tecnológica (entre 21 e 30 de maio).
Os estudantes do 8º ano executarão provas de aferição a Educação Física, a Educação Visual (ambas entre os dias 21 de maio e 5 de junho) e de Matemática (na manhã de 12 de junho).
O calendário das provas finais do 3º ciclo decorrerá de 19 a 27 de junho (primeira fase) e de 19 a 23 de julho (segunda fase). A primeira fase arranca com o exame de Português Língua Não Materna a 19 de junho. Seguem-se Português (dia 22) e Matemática (dia 27). Os resultados serão conhecidos a 13 de julho.
Os exames finais nacionais do Ensino Secundário terão lugar entre os dias 18 e 27 de junho (primeira fase) e entre os dias 18 e 23 de julho (segunda fase). Na primeira fase, a prova de Filosofia do 11º ano marca o arranque da época de exames no dia 18 de junho. Seguem-se Português do 12º ano e Latim do 11º ano (dia 19); Física e Química A, Geografia A e História da Cultura e das Artes do 11º ano (dia 21); Desenho A, História A e História B do 12º ano (dia 22); Matemática A do 12º ano e Matemática B e Matemática Aplicada às Ciências Sociais do 11º ano (dia 25); Biologia e Geologia, Economia A, Inglês, Francês, Espanhol e Alemão do 11º ano (dia 26); e Geometria Descritiva A e Literatura Portuguesa do 11º ano (dia 27 de junho). Os resultados serão conhecidos no dia 12 de julho.
Municípios querem "reciprocidade" nos encargos
A proposta de calendário escolar do Ministério da Educação foi analisada, esta terça-feira, pela ANM. Considera importante a harmonização dos calendários dos ensinos Pré-Escolar e Básico, mas pede ao Governo que partilhe os custos com as atividades fora do período letivo.
"É a primeira vez há bastantes anos que o calendário é apresentado à ANMP com tempo para ponderarmos. Existem aspetos positivos no projeto e temos consciência dos encargos acrescidos que vão resultar da estratégia para o próximo ano", sublinhou o presidente da associação, Manuel Machado, citado pela Agência Lusa, no final da reunião.
Manuel Machado apela às câmaras para cooperarem com o Governo, já que o Ministério da Educação deu a garantia de que "acompanhará na reciprocidade correspondente os encargos que venham a ser necessários suportar".