quinta-feira, 26 de setembro de 2019

terça-feira, 24 de setembro de 2019

in: http://vodafonefuture.jn.pt/drones-impressos-em-3d-para-as-criancas-programarem-nas-escolas/


Drones impressos em 3D para as crianças programarem nas escolas
foto_autor_ALEX_CAZORLA
ALEX CAZORLA
Cofundador da Bonadrone
https://youtu.be/uJ_AbHfl0sQ

O acrónimo STEM (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) é uma das palavras da moda. Cada vez que alguém pergunta como enfrentar as futuras revoluções digitais ou se formulam cenários de profissões do futuro, o STEM surge como estrela. Trata-se de um simples capricho ou de uma evidência comprovada? De acordo com um estudo da Randstad Research, em 2022 serão necessários em Espanha 1.25 milhões de postos de trabalho qualificados para fazer face à digitalização e robotização da grande maioria das tarefas produtivas. Neste caso, poderia afirmar-se que, para evitar que os robôs acabem por nos roubar o trabalho, o melhor é aprender a construí-los e programá-los. Curiosamente, embora se conheça a necessidade de formação em STEM para enfrentar esta grande mudança, o número de licenciados nestas áreas não aumenta de ano para ano. Antes pelo contrário: em 2021, espera-se que se formem cerca de 57 600 estudantes, um número bastante inferior aos 69 113 que o fizeram em 2016. Este défice também pode ser observado no mercado de trabalho, onde, segundo a Adecco, existem menos 60% de engenheiros informáticos do que os atualmente necessários em toda a Europa.
Geralmente consideradas matérias difíceis, a ciência em geral (e a matemática em particular) despertaram demasiadas vezes a antipatia dos mais jovens. É uma ideia injusta que esconde, sem dúvida, uma forma pouco feliz de as ensinar que talvez tenha travado um bom número de vocações. A empresa catalã Bonadrone nasce precisamente com o objetivo de despertar vocações científicas. Para isso, desenvolveu kits de construção de drones que incluem material docente centrado no desenho CAD, na impressão 3D, na eletrónica ou na programação. "Queremos levar as novas tecnologias aos estabelecimentos de ensino, pois é lá que se cria o potencial do futuro", garante Alex Cazorla, cofundador da Bonadrone. "O que vemos hoje é que muitos professores querem ensinar novas tecnologias, mas não sabem como. Queremos disponibilizar todas as ferramentas para que isso seja possível." Com a ajuda dos professores, os alunos não só montarão os seus drones, como terão também a tarefa contínua de programar o aparelho e de incluir sensores que lhes permitirão desenvolver diferentes projetos.
Segundo Cazorla é necessária uma mudança de mentalidade em relação a uma forma de ensino que se está a tornar obsoleta: "O ensino ainda é unidirecional, ou seja, o professor explica e os alunos ouvem. Não consideramos que seja um bom sistema de aprendizagem." Defende uma mudança de sistema segundo a qual "o protagonista será o aluno e não o professor. O professor tem de ser apenas mais uma ferramenta do sistema educativo."
Entrevista e edição: Azahara Mígel, Cristina del Moral
Texto: José L. Álvarez Cedena


in: https://www.publico.pt/2019/09/19/culto/noticia/mau-comportamento-infancia-insonia-idade-adulta-1887168



Problemas de comportamento na infância, insónia na idade adulta
Os resultados do estudo destacam a importância de abordar os problemas de comportamento e os problemas de sono durante a infância.
Reuters 
19 de Setembro de 2019, 14:37


NRD/UNSPLASH
Tratar os problemas de comportamento na infância pode ter o benefício de reduzir o risco de insónia na idade adulta, sugere um estudo recente, no qual 8050 pessoas foram acompanhadas ao longo de mais de quatro décadas, e que avaliou os problemas de comportamento nas idades de 5, 10 e 16 anos e, em seguida, inquiriu sobre os hábitos de sono quando os participantes tinham 42 anos.
Aos 5 anos, 78% das crianças tiveram um comportamento normal, enquanto 13% tiveram problemas comportamentais moderados e 4% tiveram problemas comportamentais graves. As crianças com problemas graves de comportamento tiveram 39% mais probabilidade de ter insónia em adultos do que as crianças que tinham um comportamento normal, avançam os investigadores do JAMA Network Open.
“A ligação entre comportamento infantil e insónia na idade adulta pode ser parcialmente explicada por problemas de sono na infância”, justifica Yohannes Adama Melaku, autora do estudo e investigadora do Instituto de Saúde do Sono de Adelaide, da Universidade de Flinders, na Austrália.
Assim, “o tratamento de problemas comportamentais e de sono durante a infância pode reduzir o risco de insónia na idade adulta”, explica Melaku por e-mail. “Estabelecer comportamentos saudáveis do sono em criança é importante para a prevenção da insónia na idade adulta, reforça.
A equipe de Melaku analisou dados de um estudo contínuo de um grupo de crianças nascidas no Reino Unido em 1970. Durante a infância e a adolescência, os investigadores pediram aos pais que avaliassem com que frequência as crianças tinham vários comportamentos como estar inquieto, destruir ou danificar coisas, brigar ou discutir com outras crianças, não ser apreciado pelos pares, preocupar-se com muitas coisas, ser solitário, estar com medo ou ansioso, faltar à escola, ficar aborrecido em situações novas, ou ser vítima ou agressor em caso de bullying.
Para avaliar os sintomas de insónia na infância, os investigadores perguntaram aos pais com que frequência os filhos não conseguiam adormecer, tinham problemas para adormecer ou ter um sono contínuo. Em adultos, os participantes foram submetidos a perguntas semelhantes. Durante a infância, cerca de 25% das crianças com 5 anos e 16% das mais velhas tinham dificuldades de sono.
Em adultos, os participantes do estudo com problemas de sono moderado a grave durante a infância tiveram 40% mais hipóteses de ter insónia do que aqueles sem problemas de sono na infância. Aqueles sem problemas de sono aos 5 anos, mas que desenvolveram problemas de sono moderado a grave aos 16 anos tinham 34% mais possibilidades de ter insónia em adultos.
Depois de se ajustarem a outros factores que poderiam influenciar o risco, os investigadores calcularam que aproximadamente 16% da associação entre problemas de comportamento na infância e insónia na idade adulta poderia ser explicada por dificuldades para dormir aos 5 anos. Mas a natureza exacta dessa conexão não é clara e requer mais investigação, defendem os autores.
Os resultados do estudo destacam a importância de abordar os problemas de comportamento e os problemas de sono durante a infância, antes que as crianças desenvolvam padrões que possam dificultar o descanso de que precisam mais tarde na vida, refere Nicole Racine, psicóloga da Universidade de Calgary e Alberta, que não esteve envolvida no estudo.


segunda-feira, 23 de setembro de 2019