quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Mauro Maia, o Poeta da ESLA

BOCA CHEIA




Por vezes quero dissipar-me em nada,

abrir os braços e sentir o vento,

desejar que o sol não deixe a madrugada,



deixar a chuva dissolver-me o alento,

ver o dia a render-se à noite, sua namorada,

perder-me num único obcessivo pensamento.



Há um dia para cada possível sentimento,

nem sempre a emoção é a mais desejada.

Mas nesses dias há que ter coração lento



e saber que o sol nascerá na nossa arcada.

Nesses dias, para animar, há só um alimento:

tomar cada grão de felicidade à colherada!



14/03/2009

Mauro Maia



A DEDO



Hoje brilha o Sol na minha janela,

hoje tudo à minha volta conspira

para me mostrar como a vida é bela.



E tem razão, isso ninguém lhe tira,

há que abrir a janelas da minha cela,

deixar as aves serem a minha lira,



os meus dedos traçarem o rosto dela,

usar um sorriso como escudo anti-ira,

abraçar a almofada vendo-a a sorrir nela.



Ela, à volta de quem a minha Vida gira,

Ela, o alicerce longe de mim, apenas Ela.

Voo, sou oceano, sou chama na minha pira,



sou todo fogo contra o silêncio que me gela.

Hoje é dia de olhar à volta, ver quem me mira,

e sentir-me feliz com a minha pequena Aguarela.



21/03/2009

Mauro Maia

Divulgamos mais dois "poemas" do grandioso Poeta Mauro Maia ... deixem-se "dissipar" pelas palavras harmoniosamente encantadas!!!!

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