Se eu fosse invisível…
«... usava os sapatos da minha mãe.»
«... fugia de casa e ia para Faro passear.»
«... ia ao circo sem pagar bilhete!»
«... fugia para o Brasil. Eu já estive lá e gostava de voltar.»
«... lia os livros todos da biblioteca! (A Inês até ia ficar assustada porque só via o livro no ar!)»
«... ia passear para Espanha!»
«... matava o diabo. Porque ele faz coisas más!»
A sessão varia a cadência sem abrandar o ritmo.
- Então e matar, não é mau? Há pouco ficaram muito tristes por Giges ter morto o Rei, usando o seu anel mágico...
- Mas o diabo é mau...
- E se o Rei fosse mau?
- Ah!, então já não dizíamos "coitado do Rei"...
O compasso normal volta, depois de nos apercebermos que não sabemos muitas coisas sobre o diabo: está na nossa imaginação? Existe mesmo? Onde mora? Na Terra? Debaixo da terra? Num buraco na terra... (Bem, uma coisa sabemos: deus mora no céu!)
«... usava a roupa que me apetecesse.»
«... assustava o meu mano.»
«... comia os bolos todos que desejasse.»
«... ia de férias para Búzios!»
«... fazia coisas más.» - uhuuuu - os apupos de quem ouve fazem o Leandro reagir - «Sim!, quando ninguém nos vê fazemos coisas más. Se nos virem fazemos coisas boas!»
É o que o mito platónico em A República proporciona, ainda hoje, aos alunos do 1º A e B da EB1 nº 2 de Quarteira.
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