Portugueses usam mais as redes sociais do que a média europeia
Mais de metade dos utilizadores acede à Internet fora de casa e do trabalho e 26% usam serviços para guardar e partilhas ficheiros.
É um dos raros indicadores em que Portugal está muito à
frente da União Europeia: 70% dos utilizadores de Internet em Portugal usavam
no ano passado redes sociais, significativamente acima dos 57% que eram a média
dos 28 Estados-membros.
Neste aspecto, a diferença entre Portugal e o resto da UE
tem vindo a acentuar-se, indicam dados divulgados pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE) nesta quinta-feira. Dois anos antes, em 2011, apenas 57% dos
utilizadores em Portugal acediam a redes sociais, um valor mais próximo da
média da UE, que era então de 53%.
Os portugueses destacam-se também dos outros países europeus
por usarem a Internet mais frequentemente para fazer chamadas de voz ou de
vídeos, que em muitos casos são gratuitas. Aqui, porém, a diferença é mais
pequena: 36% em Portugal contra 33% na média da União.
Os dados sobre as redes sociais e as chamadas online foram
apurados pelo Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia, e
acompanham a divulgação dos resultados do inquérito à utilização de tecnologias
de informação feito no início deste ano pelo INE.
Os números do INE mostram que aceder à Internet fora de casa
e do local de trabalho é uma prática de 57% dos utilizadores em Portugal e que
48% já o fazem em telemóveis, mais do que os 38% que usam computadores
portáteis (há pessoas que recorrem a ambos os tipos de aparelhos).
Já os serviços de armazenamento online de ficheiros (a par
dos dispositivos móveis, uma outra tendência forte no sector das tecnologias de
informação) são usados por 26% dos utilizadores, a maioria dos quais recorre a
soluções gratuitas. As fotografias são o tipo de ficheiro mais comum (85% dos
utilizadores destes serviços), seguindo-se os textos, folhas de cálculo ou
apresentações electrónicas (79%) e ficheiros de música (53%). Um quinto diz
usar estes serviços também para partilha.
No comércio electrónico, os números mantêm uma tendência de
subida, embora lenta: 17% de todas as pessoas entre os 16 e os 74 anos dizem
ter feito compras online (o equivalente a 26% dos que usam Internet), mais dois
pontos percentuais do que em 2013. A prática é mais frequente na faixa etária
entre os 25 e os 34 anos e é ligeiramente mais comum entre homens do que entre
mulheres.
A penetração da Internet continua a evoluir lentamente, depois
do aumento significativo que aconteceu ao longo da década passada: 65% dos
agregados familiares têm Internet em casa, a grande maioria dos quais de banda
larga. No ano passado, a Internet chegava a 62% das famílias.
http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/portugal-acima-da-media-da-ue-no-acesso-a-redes-sociais-online-1675356
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