Alunos devem informar no
início do ano letivo se querem opção vegetariana
Os alunos que pretendam refeições
vegetarianas devem informar a escola no início do ano letivo, disse à Lusa
fonte do Ministério da Educação, na véspera de entrar em vigor a legislação que
impõe esta oferta nas cantinas públicas.
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HÁ 2 HORASPOR LUSA
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De acordo com a mesma fonte, o
procedimento contratual de prestação de serviço com as empresas que fornecem os
refeitórios escolares, para o próximo ano letivo, já incluirá a
disponibilização de refeições vegetarianas a quem as solicitar no início do
ano.
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"Teremos de aguardar o arranque do
ano letivo para perceber a procura que estas refeições terão entre os
alunos", acrescentou a fonte.
A medida tornou-se obrigatória por
iniciativa do partido PAN (Pessoas -- Animais - Natureza) e abrange todas as
cantinas públicas e refeitórios do Estado.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo
de Sousa, promulgou em março o diploma do parlamento que obriga à existência de
uma opção vegetariana nestes locais.
Para o presidente da Associação Nacional
dos Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), Filinto Lima,
trata-se de uma boa medida: "Tudo o que é saudável, a escola deve
apoiar".
Acredita, porém, que a procura deve ser
"muito residual", pelo menos no início, uma vez que não é comum haver
pedidos para alimentação vegetariana nas escolas.
"No agrupamento que dirijo [Vila Nova
de Gaia], com mais de 2.000 alunos, nunca tive nenhum pedido", afirmou.
As escolas, especialmente as que servem
refeições confecionadas no local, estão neste momento a preparar-se para servir
os alunos que escolherem esta opção.
"Estou a dar formação à minha
cozinheira, temos seis meses para nos adaptar", referiu, acrescentando
que, nos casos em que as refeições são concessionadas a empresas, a opção
vegetariana tem de constar nos cadernos de encargos.
Na base deste diploma estiveram
iniciativas legislativas do PAN, do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista
"Os Verdes".
Segundo o deputado do PAN, André Silva,
muitas crianças e jovens eram discriminados nas escolas pelos colegas por
comerem comida diferente que levavam de casa.
O projeto de lei a defender a inclusão de
um menu vegetariano nas cantinas e refeitórios das escolas, universidades,
prisões e hospitais públicos foi apresentado há um ano pelo PAN, tendo sido
seguido por propostas do Bloco de Esquerda (BE) e do Partido Ecologista os
Verdes (PEV).
O diploma foi publicado em Diário da
República em abril para entrar em vigor em junho.
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