domingo, 28 de junho de 2020

APOIO AO CURRÍCULO
Materiais/recursos que foram recolhidos pelos elementos da equipa da B. ESLA para apoio ao currículo.

O primo Basílio- Eça de Queirós
https://youtu.be/fBljjupF_34

Escrito em Inglaterra, O Primo Basílio, publicado em 1878, é um romance de costumes da média burguesia lisboeta e uma sátira moralizadora ao romanesco da sociedade da época.
Luísa é uma vítima das suas leituras negativas e da baixeza moral do primo, quando a ausência do marido a deixou entregue ao seu vazio interior. É uma vítima do ócio.
Eça sugere artisticamente os traços psicológicos das várias figuras da obra com os seus dramas, que de forma alguma enfraquecem o clima trágico, denso, do drama da heroína.

Húmus - Raul Brandão
https://youtu.be/ptHjVna5q90
Para o narrador a vida está por explorar: “só conhecemos da vida uma pequena parte – a mais insignificante. E o erro provém de que reduzimos a vida espiritual ao mínimo, e a vida material ao máximo”. Declara também que cada um de nós apenas vê um instante da vida. Apesar de tentar definir a vida, afiança que “nem sei o que é a vida”. Acrescenta até que “talvez o mundo não exista, talvez tudo no mundo sejam expressões da minha própria alma”. Diz estar convencido que “nenhum destes seres (humanidade dentro de si) existe”.
O Húmus termina com um grito de revolta contra a imobilidade, contra a tradição que se impõe autoritária, reacionária, e a favor da revolta da criatividade, do novo: “Ouves o grito? Ouve-lo?... – É preciso matar segunda vez os mortos”
Aqui fica uma passagem, que dá conta, a ver do narrador, do processo, da passagem da vida em todos nós: “ Siga a vida seu curso esplêndido. Sabe a sonho e a ferro. È ternura, desgraça e desespero. Leva-nos, arrasta-nos, impele-nos, enche-nos de ilusão, dispersa-nos pelos quatro cantos de globo. Amolga-nos. Levanta-nos. Aturde-nos. Ampara-nos. Encharca-nos no mesmo turbilhão do lodo. Mata-nos. Mas, um momento só que seja, obriga-nos a olhar para o alto, e até ao fim ficamos com os olhos estonteados. Eu creio em Deus”.

O mistério da Estrada de Sintra - Eça de Queirós
https://youtu.be/NIk-Yt85dCo
Um médico que passa de carruagem na estrada de Sintra é surpreendido por quatro figuras mascaradas e sequestrado. Os mascarados levam-no para uma misteriosa casa no meio de Sintra. Lá dentro encontrava-se o cadáver de um homem. A procura de respostas para este caso conduz a uma empolgante história de intriga, suspeitas, ameaças, duelos e sexo, numa viagem que vai de Portugal até à ilha de Malta.
A história foi publicada como se de uma reportagem verídica se tratasse (com o conhecimento do director do jornal, Eduardo Coelho), acerca de um pretenso sequestro e crime, que envolve, além de outros, o poeta fictício Carlos Fradique Mendes. Plena de peripécias inverosímeis e excessos sentimentais, a narrativa visa parodiar o gosto do público da época pelos relatos de mistério, melodramáticos e rocambolescos. No prefácio à segunda edição, de 1884, os autores demarcam-se do romantismo da obra, apresentando-se como "velhos escritores que há muito desviaram os seus olhos das perspectivas enevoadas da sentimentalidade, para estudarem pacientemente e humildemente as claras realidades da sua rua".


Os pobres - Raúl Brandão
https://youtu.be/hzjaz1mOa2E
O romance "Os Pobres" é um dos títulos principais na obra de Raul Brandão e um dos mais marcantes da Literatura Portuguesa. Conjugando a influência de Dostoievski com o Modernismo, nesta obra, com uma escrita poética e filosófica, e na qual Raul Brandão rompe com a tradição, o Autor dá-nos mais um retrato da condição humana, tema de todas as grandes obras literárias. Esta edição é mais uma contribuição para a comemoração dos 150 Anos do Nascimento de Raul Brandão.

Tragédia da Rua das Flores - Eça de Queirós
https://youtu.be/VkROryWKpGg
Joaquina da Ega (que mais tarde se virá a saber chamar-se Genoveva), natural da Guarda, casada com Pedro da Ega, vivia em Lisboa. Mas, logo após o nascimento do filho, abandona-o e ao marido para fugir com um emigrado espanhol. Em Espanha, torna-se cortesã. Entretanto, Pedro da Ega morre em Angola. Joaquina casa-se depois com M. de Molineux, um velho senador, com quem vive em Paris. Mas a queda do bonapartismo trá-la de volta a Portugal, agora com Gomes, um brasileiro, já que o senador havia falecido. Faz-se, então, passar por Mme. de Molineux. Em Lisboa, instala-se na Rua das Flores. Logo se envolve com Dâmaso de Mavião, que irá explorar sem piedade. No entanto, apaixona-se por Vítor, um jovem de 23 anos, bacharel em Direito. Quando faz 40 anos, repele Dâmaso, planeando voltar para Paris com Vítor. O tio de Vítor, Timóteo, o único detentor da trágica verdade, tenta acabar com a relação dos dois. Decide, então, contar toda a verdade a Genoveva.
Ao saber que era amante do seu próprio filho, Genoveva atira-se da varanda de sua casa, na presença de Vítor, que nunca chegaria a perceber tal atitude nem a saber a verdade.

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