sexta-feira, 29 de abril de 2011

O Poeta Mauro Maia

NOITE SOLTA



E surgiu a noite repentina,

carregando um vento frio

que me corta a alma fio a fio

e a solta depois em neblina.



Do céu cai uma chuva fina,

cortante como um arrepio,

alagando-me num desavario

de água que corre sem crina.



O Sol na sua rotina matutina

hoje não brilhou com o brio,

a Lua não veio nem de surdina.



E do meu rosto solta-se um rio

de ânsia solta da sua pequena tina:

o coração sem força ou poderio!



14-02-2010

Mauro Maia



PESO SILÊNCIO



O dia de hoje veio mas escuro,

a tarde dançou-me mas pouco,

e a noite, num transe louco,

não me trará quem procuro.



Na brisa eu não ouço melodia,

a chuva veio e não chamou,

o Sol brilhou e não me animou,

o Céu clareou mas sem alegria.



As flores não abriram no canteiro,

o vento que assobia soa a triste,

da janela vejo que vem aí nevoeiro.



Em meu redor nada mais existe,

tenho de colar o coração primeiro...

Tudo está assim porque partiste.



16/02/2010

Mauro Maia

Em nosso redor, as palavras partilhadas dignificam-nos ...
Por elas, obrigada Mauro!!!!

1 comentário:

Mauro Maia disse...

Obrigado eu pelo prazer encontrado nas palavras que de mim se vão soltando.