Mais um tema enviado pelas Educadoras da Educação Especial.
Dados disponíveis sobre Violência Doméstica.
A
violência contra as mulheres acontece, principalmente, em relacionamentos
íntimos. Segundo dados da União Europeia, uma em cada cinco mulheres sofreu
maus-tratos por parte do seu marido ou companheiro, pelo menos uma vez na vida.
Em
Portugal, de acordo com dados do Ministério da Administração Interna, de 2000 a
2005, foram contabilizadas 89213 vítimas de violência doméstica, o que
significa uma média de 40 vítimas por dia.
Existem vítimas de todas as categorias de
género e classes etárias. No entanto, na sua grande maioria, elas são mulheres
adultas com 25 ou mais anos de idade.
A
violência doméstica assume muitas vezes contornos de extrema gravidade, podendo
inclusivamente levar à morte.
De
acordo com o Observatório das Mulheres Assassinadas, em Portugal, no ano de
2005, 33 mulheres foram mortas no seio familiar, 29 pelo companheiro,
ex-namorado ou parceiro, e quatro por outros familiares.
De acordo com
os dados das forças de segurança de Cascais, a PSP e a GNR registaram, em 2005,
342 situações de maus-tratos ocorridos no Concelho de Cascais o que em termos
médios, corresponde a 7 crimes de maus tratos por semana.
Assistir, ouvir ou
ter conhecimento de atos de violência praticados contra o pai ou a mãe constitui
uma ameaça ao sentimento de estabilidade e segurança da criança que deve ser
proporcionado pela família
As crianças
nestas circunstâncias poderão sofrer de maiores problemas emocionais e
comportamentais.
Algumas
crianças que sofrem destes problemas manifestam reações traumáticas de stress
(perturbações do sono, reações intensificadas de pânico, preocupação constante
sobre um possível perigo).
As
crianças que convivem com a violência doméstica estão expostas a um maior risco
de sofrer danos físicos ou abusos na infância (físicos, emocionais).
As
crianças poderão manifestar uma forte ambivalência para com o progenitor
violento: o afeto coexiste com o ressentimento e o desapontamento.
As
crianças poderão imitar e aprender as atitudes e os comportamentos moldados
quando ocorrem maus-tratos por parte de um progenitor.
A
exposição à violência poderá dessensibilizar as crianças para o comportamento
agressivo. Quando tal acontece, a agressão torna-se “normal” e tem menos
probabilidade de causar preocupação nas crianças.
O
agressor poderá usar os filhos como uma tática de controlo das vítimas.
Seguem-se
alguns exemplos:
·
Afirmar que o mau comportamento
dos filhos é a razão das agressões contra o progenitor não ofensor;
·
Fazer ameaças de violência
contra os filhos e os seus animais de estimação diante do progenitor não
ofensor;
·
Manter os filhos como reféns ou
raptá-los como uma forma de castigar a vítima adulta ou obter condescendência;
Contar aos filhos coisas negativas sobre o comportamento
do progenitor abusado
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