Exposição de trabalhos, no
decurso da última semana de novembro, das turmas E e F, do 12º ano e D, do 10º
ano, no âmbito de Cidadania e Desenvolvimento, tendo em conta o domínio
trabalhado de Educação Ambiental, em parceria com o projecto Eco – escolas e
biblioteca escolar.
Uma ecologia ensiNADA será como
Dante ou uma ecologia discipliNADA será como Dante … trabalhos que falam por
si, basta apenas usufruí-los, lendo-os, percecionando-os, refletindo-os e, talvez, pensando-os!
Cantiga de Amigo
Despertai-vos, amigo,
já agora
Despertai-vos, amigo, já agora
Sou Gaia que pelas plantas irei falar
Contente ainda estou.
Despertai-vos, amigo, já agora
Sou Gaia que pelas plantas irei cantar
Contente ainda estou.
Sou Gaia que pelas plantas irei falar
Alegres e saudáveis andavam
Contente ainda estou.
Sou Gaia que pelas plantas irei cantar
Alegres e saudáveis andavam
Contente ainda estou.
Sou Gaia que pelas plantas irei cantar
Alegres e saudáveis cantavam
Contente ainda estou.
Alegres e saudáveis andavam
Mas o homem ganancioso com elas acabou
Contente já não estou.
Alegres e saudáveis cantavam
Mas o homem ganancioso com elas acabou
Contente já não estou.
Mas o homem com elas acabou
Por isso, os animais se afastaram
Contente já não estou.
Mas o homem ambicioso com elas acabou
E, por isso, Gaia em outra jornada se aventurou.
Contente já estou.
Laura Machado, 10º D
Rebeca Santos, 10º D
Sara Santos, 10º D
Natacha Soares, 10º D
Poema sobre o Ambiente
A verdadeira essência algarvia
A
alma da nossa população
O
problema que temos todavia,
É o
de não saber lhe dar atenção
Aquilo
que o meu antepassado via
Vai
desaparecendo mais e mais a cada geração.
O
propósito do nosso viver,
E nós, a razão do seu desaparecer …
O
sobreiro de antiguidade se manteve
E
tudo o que aqui se passou pode contar
Foi
esta a sorte que teve,
Mas
o que parece é … que não vai durar.
O
que com o tempo reteve,
E
que ninguém se parece importar.
A
gritar por ajuda
E à
espera de algo que nunca mais muda.
Em
Monchique está o carvalho
Aquele
que foi posto de parte.
Aquele
que agora dá grande trabalho,
Aquele
que nós desejávamos que fosse para marte.
Este
é um caminho sem atalho
E a
destruição de uma verdadeira arte.
À
espera duma razão para poder sorrir,
À
espera duma razão para não partir.
A
spartina do Chile veio
E as
plantas autóctones ela quer matar
Com
ela, veio o receio,
Mas só para aqueles que escolhem se importar.
Impedir
o crescimento das nativas é o seu recreio,
Um
recreio com cada vez mais destas a brincar.
Dos
nossos, ninguém quer saber,
Nem
que implique o seu morrer.
O
fim de uma era,
Uma
que mais tempo devia durar
Algo
garantido que passou a incerteza
E
que agora não tem volta a dar!
O
homicídio da verdadeira realeza,
O
regicídio da Natureza, difícil de aguentar.
Em
tudo, um genocídio,
Em
nada, um suicídio.
Afonso Mota, 10º D
Carolina Silva, 10º D
Fernanda Bodi, 10º D
Raíssa Parente, 10º D
As coordenadoras de
Cidadania e Desenvolvimento
Inês Aguiar
Isabel Marçalo
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